Thursday, December 06, 2007

«Song of the new heart» by Mazgani



Brilhante álbum do iraniano radicado em Portugal: Sharyar Mazgani! Entrada directa para um dos primeiros lugares da lista de melhores álbuns do ano!

Por pouco mais de 10€...Obrigatório.

Lay Down - Mazgani (Song Of The New Heart/07)


Para que se fique a conhecer mais, publica-se aqui, na íntegra, a notícia do Disco Digital:
«Sharyar Mazgani formou este grupo em Setúbal há pouco mais de três anos, ao longo dos quais compôs perto de uma trintena de canções pop, das quais retirou 13 que compõem o álbum de estreia.

«Esse tempo foi necessário para compreender as canções, para amadurecer, porque elas emancipam-se e ditam as suas próprias leis», afirmou à agência Lusa o músico iraniano radicado em Portugal há mais de vinte anos.

Naqueles três anos, a banda apurou e amadureceu as canções, venceu um concurso de música - o Termómetro Unplugged - e foi notícia por ter sido seleccionada, entre 7.000 artistas, para uma colectânea de novos talentos da revista francesa Les Inrockuptibles.

Essa participação é ainda hoje um cartão de apresentação da banda portuguesa, uma etapa que Shahryar Magzani considera «determinante» para fazer avançar o projecto.

Apresenta-se como discípulo de Leonard Cohen e Tom Waits, «dois `songwriters´ extraordinários, não-geracionais, que têm uma obra individual e única, que se regem pelo seu próprio cânone e condição e que se cantam a si próprios».

No álbum, Shahryar Mazgani assina todas as músicas, com excepção de «Song of the old mother», com poema de W. B. Yeats, e «How sweet I roam´d from field to field», em que canta William Blake.

Sobre «Song of the new heart», nome do álbum e da canção de abertura, Shahryar Mazgani recorre a Rainer Maria Rilke: «temos que estar sempre a começar e acho que o título pode ter essa abordagem».

Shahryar Mazgani diz que entrou tarde na música.

Autodidacta, começou a tocar guitarra aos vinte anos e formou os Mazgani aos trinta, depois de se ter licenciado em Direito e de ter passado pelo jornalismo e pela escrita de guiões para televisão.

«Durante muito tempo pensava que queria ser advogado. Tirei o curso de Direito, a meio percebi que não era aquilo que queria, mas decidi acabá-lo, porque queria acabar alguma coisa», referiu.

A par do álbum, com as composições todas em inglês, Shahryar Mazgani participou ainda na colectânea de tributo a Adriano Correia de Oliveira, onde interpreta «Balada da esperança».

«Achei perfeito cantar esta canção», referiu o músico, por ser uma dupla homenagem a Adriano Correia de Oliveira e a Zeca Afonso, que também interpretou o tema.

Shahryar Mazgani nasceu em Teerão, mas vive em Portugal desde o início dos anos 1980, no seguimento da revolução islâmica no Irão.

«Os meus pais são baha´i [religião monoteísta que nasceu na antiga Pérsia, actual Irão] e quando se instalou o regime, todas as minorias constituíam um risco para o regime totalitário, que tentava não dar espaço a outras vozes», recorda Shahryar Mazgani.

Os pais tiveram o cuidado de lhe recordar as tradições do seu país e apesar de nunca mais lá ter voltado, sempre falou farsi em casa.

«Eles sempre me mostraram um pouco da música, da poesia, da história do país», disse, mas Portugal é a sua casa, onde cresceu e construiu a sua identidade.

Os Mazgani são compostos por Shahryar Mazgani, Sérgio Mendes, Rui David e Victor Coimbra.

Diário Digital / Lusa»

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Eclectismo Musical: «Song of the new heart» by Mazgani

«Song of the new heart» by Mazgani



Brilhante álbum do iraniano radicado em Portugal: Sharyar Mazgani! Entrada directa para um dos primeiros lugares da lista de melhores álbuns do ano!

Por pouco mais de 10€...Obrigatório.

Lay Down - Mazgani (Song Of The New Heart/07)


Para que se fique a conhecer mais, publica-se aqui, na íntegra, a notícia do Disco Digital:
«Sharyar Mazgani formou este grupo em Setúbal há pouco mais de três anos, ao longo dos quais compôs perto de uma trintena de canções pop, das quais retirou 13 que compõem o álbum de estreia.

«Esse tempo foi necessário para compreender as canções, para amadurecer, porque elas emancipam-se e ditam as suas próprias leis», afirmou à agência Lusa o músico iraniano radicado em Portugal há mais de vinte anos.

Naqueles três anos, a banda apurou e amadureceu as canções, venceu um concurso de música - o Termómetro Unplugged - e foi notícia por ter sido seleccionada, entre 7.000 artistas, para uma colectânea de novos talentos da revista francesa Les Inrockuptibles.

Essa participação é ainda hoje um cartão de apresentação da banda portuguesa, uma etapa que Shahryar Magzani considera «determinante» para fazer avançar o projecto.

Apresenta-se como discípulo de Leonard Cohen e Tom Waits, «dois `songwriters´ extraordinários, não-geracionais, que têm uma obra individual e única, que se regem pelo seu próprio cânone e condição e que se cantam a si próprios».

No álbum, Shahryar Mazgani assina todas as músicas, com excepção de «Song of the old mother», com poema de W. B. Yeats, e «How sweet I roam´d from field to field», em que canta William Blake.

Sobre «Song of the new heart», nome do álbum e da canção de abertura, Shahryar Mazgani recorre a Rainer Maria Rilke: «temos que estar sempre a começar e acho que o título pode ter essa abordagem».

Shahryar Mazgani diz que entrou tarde na música.

Autodidacta, começou a tocar guitarra aos vinte anos e formou os Mazgani aos trinta, depois de se ter licenciado em Direito e de ter passado pelo jornalismo e pela escrita de guiões para televisão.

«Durante muito tempo pensava que queria ser advogado. Tirei o curso de Direito, a meio percebi que não era aquilo que queria, mas decidi acabá-lo, porque queria acabar alguma coisa», referiu.

A par do álbum, com as composições todas em inglês, Shahryar Mazgani participou ainda na colectânea de tributo a Adriano Correia de Oliveira, onde interpreta «Balada da esperança».

«Achei perfeito cantar esta canção», referiu o músico, por ser uma dupla homenagem a Adriano Correia de Oliveira e a Zeca Afonso, que também interpretou o tema.

Shahryar Mazgani nasceu em Teerão, mas vive em Portugal desde o início dos anos 1980, no seguimento da revolução islâmica no Irão.

«Os meus pais são baha´i [religião monoteísta que nasceu na antiga Pérsia, actual Irão] e quando se instalou o regime, todas as minorias constituíam um risco para o regime totalitário, que tentava não dar espaço a outras vozes», recorda Shahryar Mazgani.

Os pais tiveram o cuidado de lhe recordar as tradições do seu país e apesar de nunca mais lá ter voltado, sempre falou farsi em casa.

«Eles sempre me mostraram um pouco da música, da poesia, da história do país», disse, mas Portugal é a sua casa, onde cresceu e construiu a sua identidade.

Os Mazgani são compostos por Shahryar Mazgani, Sérgio Mendes, Rui David e Victor Coimbra.

Diário Digital / Lusa»

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